Segunda Guerra Mundial |1939 - 1945|
- Esther Argolo, Matheus Lima e Tiago Celestino
- 22 de out. de 2020
- 7 min de leitura
Atualizado: 13 de nov. de 2020
CONTEXTO HISTÓRICO
Com o fim da primeira guerra, houveram resquícios que contribuíram para o acontecimento da Segunda Guerra Mundial, em 1939.
Possuindo a vitória na primeira guerra mundial, as democracias liberais foram atingidas pela ascensão do projeto socialista na Rússia e com a crise econômica de 1929. Levando-as a criação de partidos e projetos políticos ultraconservadores e ligados aos princípios nacionalistas.
Alemanha sendo culpada pelo conflito, teve que assinar o Tratado de Versalhes em 1919, perdendo territórios e pagando altas indenizações. Com o tratado de Versalhes, a Alemanha e a Itália foram ameaçadas, sendo impulsionadas a criação de regimes totalitários.
Não era só a Alemanha que passava por uma grave crise econômica, marcada pelos altos níveis de inflação e desemprego, além de queda na produção industrial. Foi em meio a um cenário desanimador para os italianos que Benito Mussolini fundou, em 1919, o Partido Fascista.
As principais características do partido eram:
- Ultranacionalismo
- Oposição à democracia liberal e ao socialismo – que se instalou na União Soviética (URSS) após a Revolução Russa de 1917.
O Partido Fascista contava com o apoio da burguesia e da Igreja Católica, além de outros setores da sociedade civil.
Os discretos ganhos econômicos conquistados pelo Partido Fascista foram abalados com a Crise de 1929. A partir da recessão, Mussolini passou a apostar na expansão territorial como uma estratégia de resolver e colocar em segundo plano os problemas internos da Itália.
Dez anos depois, a quebra da bolsa de Nova Iorque culminou na Crise de 1929 e agravou a recessão econômica na Alemanha, levando à escassez de alimentos e ao aumento da inflação.
Consequentemente, o país se afundou na crise econômica e política, fazendo com ele se sentisse ameaçado, gerando revolta na população.
Além da crise, que abalou com os seus efeitos negativos na economia, as democracias liberais predominantes no mundo ocidental e trouxeram mais preocupação com a ascensão do socialismo soviético.
A segunda guerra mundial foi marcado por diversos motivos, entre eles, o grande número de mortes. Entre os anos de 1939 e 1945, 72 nações, incluindo o Brasil, se envolveram em operações militares, que resultaram na morte de aproximadamente 45 milhões de pessoas. Foi o maior conflito da humanidade.
Esse conflito foi travado entre Aliados (Reino Unido, França, EUA, URSS....) e Eixo (Itália, Alemanha, Japão...)
Devido a inflação descontrolada e o desemprego em massa, chegou ao poder em 1933, sob a liderança de Adolf Hitler, o Partido Nacional Socialista da Alemanha. Apoiado na ideologia antissemita do nazismo, o programa de governo de Hitler visava:
- Recuperação econômica e militar do país
- Revisão dos termos do Tratado de Versalhes, assinado por ocasião da Conferência de Paz de Paris de 1919.
O ESTOPIM
O expansionismo da Alemanha nazista caracterizou a causa para essa guerra. Com a invasão da Polônia, feita pelos alemães, o problema ficou ainda mais grave, significando o estopim para entrarem em conflito.
Esse cenário permitiu a ascensão do radicalismo da extrema-direita, cujo expoente máximo foi o nazismo.
- Os nazistas criticavam os termos do Tratado de Versalhes
- Defendiam a militarização da Alemanha
- Tinham opiniões abertamente antissemitas.
O crescimento dos nazistas durante a República de Weimar (1919-1933) foi exponencial, muito por conta de Adolf Hitler. Os nazistas, por fim, assumiram o poder na Alemanha, em 1933, e iniciaram a construção de um governo totalitário. Progressivamente, eles procuraram recuperar a economia alemã e reorganizar o exército alemão (desestruturado desde a Primeira Guerra). Uma vez que as forças militares alemãs eram fortes o bastante, deu-se início à expansão territorial.
França e Inglaterra, por seu lado, desejavam manter uma política não-intervencionista na Europa, para evitar qualquer novo confronto armado. Foi essa a posição que adotaram diante da guerra civil espanhola, que teve início em 1936. E foi essa a reação que tiveram diante das reivindicações territoriais de Hitler, numa política conhecida como appeasement. Além de permitir o envio de tropas alemãs à zona desmilitarizada do Reno e a incorporação da Áustria à Alemanha, França e Inglaterra endossaram a anexação pela Alemanha da região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, através dos Acordos de Munique de 1938. Essa decisão só contribuiu para legitimar a política externa expansionista de Berlim que, após a assinatura do pacto de não-agressão com a União Soviética, ordenou a invasão da metade ocidental da Polônia, iniciada em 1° de setembro de 1939. Dois dias depois, cumprindo o compromisso assumido com o governo polonês em março de 1939 de garantir a integridade territorial polonesa, França e Inglaterra declararam guerra à Alemanha. Começou aí a guerra na Europa.
Não demorou muito para que outros países europeus, alvo da política de ocupação alemã, se vissem envolvidos no conflito. Foi o que aconteceu com Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda. Por outro lado, o Japão, que buscava a constituição da Grande Ásia, já se alinhara à Alemanha desde a assinatura do Pacto Anti-Komintern, em janeiro de 1936. E a Itália, sob o signo do fascismo implantado por Mussolini (O Partido Fascista contava com o apoio da burguesia e da Igreja Católica, além de outros setores da sociedade civil), igualmente decidira apoiar o governo de Hitler.
Em 1938, os alemães iniciaram uma campanha maciça para garantir a unificação dos dois países. Isso se concretizou em março de 1938, em um evento conhecido como Anschluss. Depois, os alemães voltaram-se contra a Checoslováquia, por conta de uma região daquele país chamada Sudetos.
As exigências alemãs sobre os Sudetos alarmaram ingleses e franceses, e a tensão diplomática na Europa aumentou. Para contornar essa situação, foi organizada a Conferência de Munique, em 1938. Nessa conferência, ingleses e franceses, temerosos de que uma guerra fosse iniciada, cederam às pressões alemãs e permitiram que os alemães invadissem o território da Checoslováquia.
Um ponto importante da Conferência de Munique é que ingleses e franceses demandaram de Hitler o compromisso de que a Checoslováquia seria a última exigência territorial da Alemanha. Hitler firmou esse acordo, mas estava blefando. Ele não acreditava que ingleses e franceses teriam coragem de declarar guerra aos alemães.
Assim, em 1939, Hitler colocou seu olhos sobre a Polônia. À medida que a tensão entre Alemanha e Polônia aumentava, ingleses e franceses assinaram acordos militares com o segundo país para resguardá-lo, em caso de agressão do primeiro. Como Hitler não acreditava na resposta francesa e inglesa, ele ordenou o ataque contra a Polônia em 1º de setembro de 1939.
Esse ato de agressão foi considerado o estopim da Segunda Guerra, pois, dias depois, Reino Unido e França declararam guerra à Alemanha.
A União Soviética, que até então vinha adotando uma posição de quase aliança com a Alemanha, terminou por declarar guerra a esse país após ter seu território atacado pelos alemães em junho de 1941. Foi também em 1941, em seguida ao ataque japonês a Pearl Harbor no mês de dezembro, que os Estados Unidos decidiram se unir militarmente às forças aliadas.
Até cerca de junho de 1942, a guerra se caracterizou pela expansão vitoriosa das forças do Eixo, com a crescente crescente ocupação de territórios. A partir de então, até fevereiro de 1943, foi a fase de contenção do Eixo e início da contraofensiva dos Aliados. Finalmente, a partir das vitórias contra os alemães no norte da África, foi-se consolidando a ofensiva aliada, com a recuperação dos territórios ocupados pelos alemães, italianos e japoneses.
Os italianos renderam-se aos Aliados em setembro de 1943, com a assinatura de um acordo de paz em separado, embora tropas alemãs permanecessem em seu território. Em 7 de maio de 1945 o governo alemão capitulou, pondo fim à guerra na Europa. Finalmente, em 14 de agosto do mesmo ano, o Japão se rendeu às forças aliadas, em seguida ao lançamento pelos Estados Unidos de duas bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.
CONSEQUÊNCIAS
Durante os seis anos de guerra, estima-se a perda de 50 milhões de vidas, entre militares e civis. Destes, mais de cinco milhões de judeus foram exterminados em campos de concentração nazistas, como parte da política antissemita de Hitler.
Em maio de 1945, o III Reich de Hitler caiu, e seu líder cometeu suicídio junto à sua esposa. Mussolini foi capturado e morto em praça pública pela resistência italiana. À medida que os aliados avançaram pelo território que fora controlado pelos nazistas, encontravam as dezenas de campos de concentração e extermínio em que foram confinados milhões de pessoas entre judeus, poloneses, negros, deficientes físicos e mentais, entre outros.
Após a queda do nazismo, a guerra prosseguiu no Pacífico contra o Japão. Sob a justificativa de não empreender mais uma campanha por terra que vitimasse milhares de soldados, as autoridades americanas decidiram fazer um ataque aéreo maciço contra a cidade de Tóquio com bombas incendiárias, lançadas a poucos metros de distância do solo. Além disso, nos dias 6 e 9 de agosto, respectivamente, foi feito o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, vitimando instantaneamente dezenas de milhares de pessoas. Após esse acontecimento funesto, a guerra teve seu fim oficial em 02 de setembro de 1945, quando houve a rendição do Japão, a bordo do navio USS Missouri.
O Brasil na guerra
No dia 1º de setembro de 1939, as forças nazistas alemãs de Adolf Hitler invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O Brasil passou a participar do conflito a partir de 1942. Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas.
A princípio, a posição brasileira foi de neutralidade. Depois de alguns ataques a navios brasileiros, Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra.
O primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda estava parcialmente nas mãos do exército alemão.
ORDEM CRONOLÓGICA DOS ACONTECIMENTOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
EXERCÍCIO

1) País considerado culpado pelo acontecimento da primeira guerra mundial.
2) Tratado de paz assinado pelas potências europeias que encerrou a primeira guerra mundial.
3) Responsável por tomar estimular a tomada da Polônia.
4) Uma das cidades que foi atingida por bomba atômica.
5) Ascensão do radicalismo da extrema-direita, que tinham opiniões abertamente antissemitas.
6) País atacado no dia 1° de setembro de 1939.
7) Devido à quebra da bolsa de 1929, a Alemanha sofreu fortemente uma ...
Gabarito
1) Alemanha.
2) Tratado de Versalhes.
3) Hitler.
4) Nagasaki.
5) Nazismo.
6) Polônia.
7) Crise econômica.
REFERÊNCIAS
Módulo 4 SAS – 10° edição – Silveira, Marcelo Diniz – história – capítulo 14 – 2° ano
Módulo 5 SAS – 10° edição – Silveira, Marcelo Diniz – história – capítulo 14 – 2° ano
https://www.google.com.br/amp/s/br.blastingnews.com/curiosidades/2017/04/coisas-arrepiantes-sobre-a-segunda-guerra-mundial-que-voce-nem-imaginava-001609181.amp.html
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